domingo, 23 de maio de 2010

Pizza sem glúten

Desde que vi esta receita que andava mortinha para experimentar. Pizza sem glúten? Boa?

Depois de encontrar a tapioca (que só encontrei em grão) e de adiar de dia para dia foi este fim-de-semana.
(tapioca em grão)
Para a farinha sem glúten para a pizza:
200grs de farinha de arroz
200grs de polvilho doce
100grs de farinha de tapioca (pulverizei na Bimby os grãos)
12grs de goma xantana

Fui pondo tudo dentro de um frasco e no final mexi com uma colher, fechei o frasco e fui abanando de várias formas. Antes de utilizar voltei a dar uma mexidela com uma colher e voltei a abanar, para ver se ficava tudo bem misturado.

Para a massa da pizza é preciso:
15grs de fermento biológico fresco (usei uma saqueta de fermento de padeiro da Vahiné)
15grs de açúcar (ou 1 colher de sopa rasa)
195grs de farinha sem glúten (1 ½ chávena)
2 grs de sal (ou 1 colher de chá rasa)
1 ovo
45g de margarina (2 colheres sopa não muito cheias)
150ml de água (3/4 chávena)
papel vegetal

Preparação (agora é que são elas):
Ligar o forno a 220.ºC-250.ºC (tive sempre a 220.ºc)

Dissolver as 15grs de fermento com o açúcar, 50ml da água morna (não pode estar muito quente) e uma colher de sopa da farinha preparada sem glúten. Misturar bem e deixar descansar por 10 a 15 minutos tapado com película aderente e uma toalha para o fermento crescer.

Coloquei a mistura perto da porta do forno em cima de um banco, para aproveitar o calor.

Entretanto cortar dois círculos de papel vegetal do tamanho da forma de pizza e untar bem, de um lado só de cada folha, com margarina ( não substituir).

Colocar a forma de pizza (vazia) no forno para que ela vá aquecendo também (sem o papel).

Depois que o fermento crescer, colocar o ovo, o resto da farinha sem glúten, o sal, margarina e o restante da água (=100ml) por último. Mexer com uma colher até estar tudo bem misturado (eu usei a velocidade 2 da Bimby e depois 1 minuto em Espiga).

A receita original diz para colocar a metade da massa (pois daria para duas) num dos círculos de papel (do lado untado) mas eu usei logo toda, e outro círculo por cima com o lado untado virado para baixo. Abrir a massa com as mãos estendendo até cobrir toda a superfície do círculo. Quando achar que está uniforme retirar o papel de cima delicadamente.

"De preferência, tente deixar a massa fina, pois fica mais gostosa e crocante" mas eu deixei um pouco alta. Fica fofa e não me arrependi. Se usarmos a massa toda (como eu) em crú parece que não está muito grossa mas com o calor do forno vai crescer um bocadinho.

Retirar a forma do forno e colocar a massa directamente na forma quente com o papel vegetal por baixo. Deixar entre 10 e 15 minutos na mesma temperatura, para cozinhar e tostar um pouco a massa (No meu forno foi cerca de 10 m).

O ideal é olhar para a massa, quando estiver dourada por baixo está boa para ser retirada.

Retirar, deixar esfriar um pouco e rechear a pizza a gosto. Levar novamente ao forno, por cerca de 15 minutos ou até que a massa esteja levemente crocante.

Como era a primeira experiência só usei tomate, queijo ralado, fiambre, salsicha de perú (a da naturíssimos da Nobre) e cogumelos.

Aqui fica uma foto para se ver mais ou menos como ficou de textura. Parece e estava bastante maleável.

Quanto à massa, bem eu gostei e como fiquei com bastante mistura de farinha vou repetir, mas não se parece bem com massa de pão. A massa tem bastante elasticidade, o R. disse que a achou inclusive um pouco doce, mas creio que é o sabor do polvilho doce.

A mim soube-me a massa de pizza fofinha com recheio. Quanto mais fina se fizer menos se sentirá o sabor "doce". Eu fiz um pouco alta mas depende mesmo do palato de cada um, a mim só me sabia ao recheio, para sentir o sabor da massa só comendo o rebordo. Pela textura, por não se esfarelar toda, e mesmo pelo sabor porque eu gostei, temos base de pizza.

Quanto ao trabalho, dá algum sim, mas a próxima vez que fizer faço o dobro da receita e congelo uma base pré-cozinhada.

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